segunda-feira, 30 de março de 2009

Chinese Democracy - Guns N' Roses

Renascido das cinzas o Guns N' Roses, ou melhor dizendo, o Axl Rose traz devolta o velho conhecido hard rock da banda. Parece que o tempo não passou, está quase tudo ali, desde os timbres das guitarras até as melodias do Axl. O CD de 2008 Chinese Democracy está muito bem produzido e bom de se ouvir.

No entanto existem sim as diferenças. De cara nota-se a influência da música eletrônica, que já não é novidade no rock, a não ser que se lembre que se trata do Guns. E a outra coisa é a falta de algo que a banda tinha de muito valioso, que se resume numa palavra: Slash. Apesar das rusgas entre o Axl e ele, os solos do guitarrista fazem sim falta. Não que os guitarristas atuais, Robin Finck (ex Nine Inch Nails), Richard Fortus e Ron Thal sejam ruins, pelo contrário, são muito bons, mas nada casava melhor com as melodias do Axl que os solos melodiosos do Slash, que hoje segue com a sua banda Velvet Revolver.

Este CD demorou tanto para sair do forno que por muito foi motivo de piada, chegando a ser apelidado de "O álbum mais caro jamais lançado" pelo jornal The New York Times. Porém todos tiveram que morder suas línguas pois o novo trabalho está aí, e com uma ótima qualidade.

Exemplificando o que foi dito, destaco as faixas 02, 03 e 04 que mostram exatamente o que estou falando: Shackler's Revenge, Better e Sweet of Dreams, respectivamente. As três faixas escancaram as raizes da banda com as tendências eletrônicas, e a habilidade do Axl, que é um "hit maker" nato, em construir melodias "pegajosas" que não saem da nossa cabeça. Outras duas faixas muito boas são as If The World (faixa 05) e There Was a Time (faixa 06). E a título de curiosidade ouça também a faixa 07, Catcher In The Rye, que tem um quê de Beatles na harmonia e na melodia.

Ouça que vale a pena!

sexta-feira, 27 de março de 2009

7VEZES - O RAPPA

Sétimo álbum da banda, lançado ano passado (2008), conta com 14 faixas de inéditas, dando continuidade ao excelente trabalho da banda que disafia rótulos e põe o dedo nas feridas sociais do país, 7 VEZES mostra bem a cara desse grupo. Fazendo rock com elementos de reggae, ou o contrário, O Rappa dá show mais uma vez e apresenta o que tem de melhor. Letras excelentes, som hipnótico e vibrante, este álbum é mais uma peça fundamental da carreira da banda. Não há ressalvas a se fazer, o disco é muito bom do início ao fim.

Destaque para as faixas 3 e 4, Óstia e Meu Mundo é o Barro que são muito marcantes. Levam-nos a pensar na nossa realidade, do dia a dia, dos "invisíveis" nas calçadas e praças dos grandes centros urbanos, nas periferias pouco favorecidas das grandes cidades e favelas. O Rappa mostra o que é feio e o que é ignorado, aponta o dedo e te pergunta: "o que você vai fazer a respeito?"

Duas coisas nos restam a fazer: nos engajar em projetos sociais, e ouvir este CD à exaustão em volume máximo!